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Este microbook é uma resenha crítica da obra: A Cultura Que Move a Empresa Inovadora
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN:
Editora: Editora Independente/Não Encontrada
Resende dá início à sua fala retratando o quanto, por muito tempo, a Hotmart queria ser a melhor empresa do Brasil em seu segmento. No entanto, ela já liderava o setor por algum tempo e adiava continuamente os planos de expandir para além de nossas fronteiras.
A percepção de que havia chegado o momento de buscar o mercado internacional veio a partir do momento em que entenderam ter chegado a um patamar privilegiado, em que eram, de fato, os melhores em seu setor.
O fato de desde sempre ele impulsionar a cultura de crescimento constante dentro de sua empresa fez toda a diferença na hora de definir um novo início na vida da Hotmart.
Porque a busca por ser o melhor o tempo todo demanda que a empresa necessita vislumbrar o crescimento sempre. Seja por meio de reinvestimentos constantes, qualificação de seus profissionais ou mesmo impulsionando uma única cultura entre seus colaboradores: a de que sempre há onde chegar, de maneira a nunca se estabelecer uma zona de conforto.
Mas, para entender um pouco mais dessa cultura, antes é necessário entender como tudo começou.
Desde a adolescência, Resende era envolvido em games diversos. Aos 13 anos, jogava desde RPG até jogos no computador. Segundo ele, os jogos o ensinaram mais que seu MBA e os vários livros que leu, pois foi ali que aprendeu a estar competindo o tempo todo, mesmo em jogos colaborativos. Imaginar o que outros jogadores vão fazer ensina muito sobre estratégias.
Passou o tempo e ele entrou na faculdade de Ciências da Computação. Saiu de lá aos 21 anos com o desejo de abrir a própria empresa. Chegou a ter um site de jogos que foi muito importante como aprendizado.
Ele conheceu seu sócio, Matheus Bicalho, ainda na faculdade. Eles criaram aplicativos móveis ainda em 2004, quando os aparelhos celulares mal tinham telas coloridas, não havia GPS e Wi-FI. Mas achavam que aquilo era o futuro. Não erraram, mas em determinado momento os dois perceberam que ninguém entendia aquela novidade, portanto não havia compras, o projeto não ia para frente e desistiram.
Então, os dois começaram a fazer projetos voltados para a internet. Eles e mais um sócio eram Cientistas da Computação, muito nerds, não sabiam vender, ninguém conhecia nada de marketing. Só sabiam programar e criar coisas, daí precisavam de alguém que tomasse conta das vendas.
Fizeram parceria com uma empresa que tomaria conta do marketing. Foi um desastre completo: dois anos e meio depois a empresa fechou.
Mas, Resende ficou com aquela ideia na cabeça. Tudo que acontece na empresa ele entende como sua responsabilidade, seja por ação ou omissão, não importam as hierarquias responsáveis por um fracasso, por exemplo.
Resende passou a vender muitas coisas e se especializou em aumentar audiência de sites, mas algo pequeno comparado ao que faz hoje. Mesmo assim, diversos donos de blogs passaram a visitá-lo buscando aumentar os acessos.
A partir daí, criou um manual e deu para algumas pessoas. E depois, começou a vender este manual, pois no site de jogos já havia aprendido o suficiente sobre tráfego e monetização.
Ao começar a trabalhar com o produto próprio, viu a necessidade de aprender mais sobre marketing para não ter que depender de mais ninguém.
No ano de 2010, atuando no mundo corporativo, saiu para empreender na própria ideia: um protótipo que cresceu demais para o site que tomava conta. Viu que não conseguiria tocar o projeto sozinho e por isso chamou Matheus novamente.
Foi chamado de louco ao largar tudo para vender e-books na internet, ainda mais tendo no brasileiro um perfil de pouca leitura. Seu sócio comprou a ideia, desenvolveram o projeto no tempo livre e fizeram muitos testes de como trabalhar nele.
Quando colocou a página no ar, sabia como direcionar tráfego e abriu mão de bônus para que as pessoas se inscrevessem em seu site. Optou por uma proposta com um valor e um campo para ser preenchido com o e-mail dos interessados. Ao fim de um mês, mais de 800 pessoas haviam se cadastrado.
Tudo engatinhava naquele 2010, quando ele e seu sócio passaram a comprar produtos das pessoas que estava em sua lista, tendo feedbacks positivos. Em fevereiro de 2011, depois de tanto trabalho, seu faturamento foi de... 182 reais!
Isso em um período que chegava a trabalhar até às 3h da manhã. Então, propôs ao seus sócio que se dedicassem totalmente àquilo, com a condição de fazer a empresa sustentável em 12 meses.
Foi na competição “Sua ideia vale 1 milhão”, promovida pelo portal Buscapé, que sua empresa foi uma das quatro premiadas entre as 800 concorrentes. O Buscapé virou seu sócio e em 2013 o Booking fez mais um aporte em seu site. Resende chegou a pedir mais dinheiro para o sócio, pois queria crescer rápido.
Em suma, hoje Resende coordena uma equipe com mais de 120 pessoas, há escritórios na França, Alemanha, Holanda e México. O Hotmart cresceu demais e modificou todo um mercado.
Uma história e tanto, cuja construção de times faz parte da trajetória de sucesso.
Nos tempos de RPG, Resende aprendeu a necessidade de montar clãs incríveis. Ali, ele entendeu a necessidade de ter bons times para vencer.
E ele não acredita que pudesse ter feito nada de relevante se trabalhasse sozinho. Daí a importância de ter um sócio alinhado com sua mentalidade, tanto na alta quanto na baixa, quando o nível de comprometimento deve se manter no mesmo nível.
Depois do sócio, ele trouxe para si os “amigos loucos”. Afinal, com a empresa bombando, é fácil atrair talentos. Mas, no começo, quando não havia onde trabalhar e as pessoas eram entrevistadas em shoppings, só os amigos loucos acreditariam em sua proposta.
Então, quando as coisas estão mais estruturadas, deve ter início o chamado ataque dos clones: nesta etapa, deve-se “clonar” os bons funcionários, fazendo com que os novos contratados copiem a dedicação e cultura de quem já entende como as coisas funcionam por ali.
Por fim, o ciclo de admiração leva as pessoas que trabalham com você a olhar para o lado e ver que há muita gente qualificada ao redor, gerando a vontade de estar ali, uma motivação constante. Resende ressalta que sempre inibiu o “Q.I.” na Hotmart ao pedir indicações das pessoas mais qualificadas em suas áreas.
Somadas à chamada lei dos grandes números, essas etapas foram criando uma cultura forte dentro da Hotmart.
Estamos na metade deste microbook e vemos agora uma estratégia comum para a contratação de novos funcionários na Hotmart. A chamada lei dos grandes números faz com que a amostragem de entrevistados seja alta, para que se evite atingir algo que não era desejado.
Houve casos em que 37 pessoas foram entrevistadas para uma única colocação, já que muitos carregavam vícios de sua bagagem profissional adquirida, sem a disposição de compreender a cultura da empresa. Que é forte e deve ser seguida.
Um pré-requisito para se manter em alta performance é ter uma cultura forte dentro da empresa. Cultura, neste caso, é o que acontece na empresa quando o dono não está lá.
Resende fortalece sua cultura e procura fazer com que as pessoas estejam aliadas à cultura da empresa.
E toda a concorrência pode copiar os produtos oferecidos por sua empresa, mas a cultura nunca pode ser copiada. Resende a projetou por meio do que chama de engenharia reversa, colocando quatro pontos cruciais: propósito, progresso, admiração e propriedade.
Se o propósito for apenas o dinheiro, chegam ofertas que levam as pessoas embora.
O porquê de estar ali precisa ir além de valores na conta bancária.
As pessoas que se dedicam a trabalhar para uma empresa precisam perceber que acontece um progresso, tanto individual quanto da empresa, para não cair na monotonia e sentirem vontade de ir embora.
Ninguém deseja trabalhar ao lado de pessoas que não estão nem aí para os resultados do próprio trabalho. Isso envolve demitir pessoas. Por mais duro que pareça, a demissão pode ser necessária para respeitar que não tem mais lugar naquele ambiente de trabalho.
Quando as pessoas se sentem donas do que fazem, elas têm propriedade em suas realizações no ambiente de trabalho. Funcionários precisam se importar de fato com a empresa para estar conectados com sua cultura.
Resende demorou 15 dias para escrever tudo o que a empresa deveria ser, para onde queria ir e como deveria se comportar. Segundo ele, sua proposta poderia também ser intitulada “Como liderar uma empresa com um livro”, pois é por meio desse código que ele encontra as diretrizes para responder dúvidas dos funcionários.
Se sua empresa sair em algum momento dos pilares liberdade, autonomia e love, tudo vai desmoronar. Neste código, sua chamada engenharia reversa do cérebro responde tudo que pode acontecer, de maneira a que as dúvidas da Hotmart só são respondidas se por algum acaso seu manual não traga a explicação exigida no momento.
Tais pilares têm a ver com a propriedade, dominar tarefas a ponto de saber como responder pela empresa em momentos de decisão.
Quem está conectado com a cultura empresarial é livre e autônomo o suficiente para responder com clareza como seu chefe agiria neste ou naquele momento de decisão importante.
O “love”, neste caso, tem a ver com se importar, de fato, com os rumos da empresa e decisões tomadas pela cadeia de comando.
É não apenas estar ali ganhando a vida, mas produzindo o melhor, valorizando tudo o que acontece e fazendo de tudo para o melhor do ambiente.
Os mantras mencionados abaixo constam do código de cultura da Hotmart e servem de exemplo para ser trabalhados por toda empresa que se propõe à inovação:
Alguns questionamentos podem ser feito afim de estimular funcionários envolvidos em projetos de curto, médio e longo prazo. Feitos nos devidos momentos, incentivam-nos a olhar para seu trabalho como parte de um todo, não como tarefa individualizada e sem propósito.
Sabendo responder a essas questões, o sucesso fica mais próximo!
Ouvir histórias de sucesso estimular todos aqueles que buscam inovar ou tentam a vida no empreendedorismo.
E JP Resende tem muito o que ensinar, não é à toa que a Hotmart é líder em negócios digitais, mas nada veio de uma hora para outra, ou por acaso. Foi muita tentativa e erro, tropeços, trabalho e mais trabalho.
Aqui, a maior lição foi a de como implementar uma cultura forte molda a identidade de uma empresa para que ela não esteja voltada apenas para o ganho financeiro.
Para aprender um pouco mais sobre a cultura de quem produz coisas novas, a leitura do microbook Mentalidade empreendedora: se comprometa com o crescimento, baseado em palestra do mesmo JP Resende deste livro que você acabou de ler, é fundamental para ampliar conhecimentos.
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João Pedro Resende, é o CEO e cofundador da Hotmart, profissional renomado, e já tendo levado sua empresa até para a lista de uma das startups mais promissoras da atualidade. É um empr... (Leia mais)
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